Em 2018, a iniciativa "Escolas: uma parceria para o futuro" (PASCH) comemorou 10 anos. Foi um ano cheio de atividades, encontros e aprendizados.

Vamos relembrar?

Nossos bolsistas do programa Probestudium Heidelberg voltaram no começo de dezembro. Vejam o que eles contam sobre esta experiência!



Davi S. L., CIL 01 de Brasília

As duas semanas que passei na Alemanha durante o Probestudium Heidelberg foram inesquecíveis. Era a minha segunda viajem à Alemanha: minha primeira vez havia sido o Curso para Jovens (JUKU) em Frankfurt em Janeiro de 2018, também um programa da inciativa PASCH.

A experiência que tive, foi para mim, uma boa mistura de diversão e aprendizado: além da experiência única de vivenciar o ensino superior na Alemanha, não faltaram momentos emocionantes e episódios engraçados durante a viajem.

Durante as duas semanas que estive em Heidelberg, ficamos hospedados no Steffis Hostel próximo à estação de trem da cidade. Nos dias de semana, passamos a maior parte do tempo comparecendo a palestras e seminários na Universidade de manhã e tendo aulas de alemão de tarde. Nós havíamos escolhido os cursos com antecedência mas havia liberdade para assistir a matérias bem variadas: fui a uma aula de economia, outra de psicologia, algumas de química e várias de biologia.

A maioria das aulas eram fáceis de acompanhar e mesmo as mais difíceis valeram pela experiência. Tínhamos tempo livre para conhecer a cidade de noite e no intervalo entre as aulas. Havia ainda atividades planejadas pela equipe do curso como boliche, patinação no gelo, visita ao castelo da cidade e noite de jogos. O melhor de tudo foi o tour por Mannheim que fizemos no fim de semana: visitamos planetário e o museu onde vestimos roupas típicas da nobreza do século XVII. Comemos pizza para o almoço lá naquele dia e só voltamos a Heidelberg de noite.

Durante a semana, comíamos normalmente o café da manhã no hotel, o almoço no restaurante da Universidade e o jantar por nossa conta na cidade. A comida era bastante diferente da culinária brasileira, mas muito boa também, de modo que não demorei a me acostumar. Além de nós brasileiros, havia estudantes de diversos países da América do Sul como Peru, Bolívia, Venezuela e Colômbia. Fiz amigos entre brasileiros e estrangeiros, incluindo os coordenadores e os professores do Curso, com quem desenvolvemos uma grande parceria.

Apesar de a rotina ser às vezes apertada, a viajem foi maravilhosa para mim. As lições que aprendi e principalmente a amizades que fiz, levarei para a vida toda. Se pudesse mudar alguma coisa, gostaria apenas que o curso durasse mais. Essa experiência significou para mim, mais do que tudo, uma motivação extra para continuar a perseguir o sonho de um dia, estudar na Alemanha. Com essa vivência, continuo agora me dedicando ao alemão, esperando que meus esforços um dia frutifiquem.




Leonardo A. R., Colégio Poliedro, São José dos Campos

Estudar em um país estrangeiro sempre foi para mim um sonho muito distante, seja pela dificuldade de deixar as raízes para o desconhecido ou justamente por alguns mitos que essa oportunidade é só para pessoas extremamente ricas.

Essa viagem foi, além de aprendizado da língua alemã, também uma redescoberta dos meus objetivos acadêmicos. Aprendi mais ou menos como é vida de um estudante (as responsabilidades, as dificuldades e os prazeres de estar estudando em uma universidade alemã).

Assistir aulas de universidades é uma coisa sensacional, totalmente diferente de aulas do colégio (e ainda mais, ter essa oportunidade com pessoas de várias culturas da américa latina que fizeram essa viagem bem mais divertida): são aulas bem mais interessantes e algumas até mais divertidas. Resumindo, essa viagem abriu para mim um novo horizonte, e mostrou que é sim possível estudar na Alemanha (e que estudar la é muito legal!).





Sophie D., Colégio Anchieta, Salvador

Essa viagem foi profundamente transformadora para mim. Eu nunca havia viajado sem minha família antes, então, a oportunidade de viajar sozinha para uma universidade alemã era tão maravilhosa quanto, um pouco, assustadora.

Felizmente, essa jornada não só me proporcionou um aprendizado intelectual incrível, tendo em vista a excelência dos cursos ministrados na universidade, como um enorme crescimento pessoal. As pessoas que conheci, os problemas (naturais da adaptação a uma rotina universitária) com os quais tive de lidar e as experiências que tive ficarão guardados em minha memória.

Heidelberg é uma cidade lindíssima e, culturalmente falando, extremamente interessante. Uma das minhas memórias favoritas foi o dia no qual fomos na Feirinha de Natal e patinamos no gelo. Apesar de não ser uma boa patinadora hahaha, me diverti muito!

Esses 17 dias me proporcionaram um melhor entendimento do que eu busco no âmbito profissional e de como posso atingir minhas metas. Além disso, pude experimentar um pouco do que será a vida universitária e a melhor forma de seguir com ela.

Sou uma pessoa diferente hoje por causa dessa oportunidade. Levo comigo um intenso amadurecimento, novas amizades incríveis e um desejo ardente de seguir meus objetivos profissionais e acadêmicos. Sou muito grata ao PASCH e à minha escola por proporcionarem experiências como essa não só à mim, mas à centenas de alunos ao longo dos anos.



Vicenzo D., Colégio Catarinense, Florianópolis

"O Probestudium Heidelberg foi um curso extremamente curto, de apenas duas semanas; entretanto, já esse tempo foi suficiente para eu considerá-lo uma das mais significativas experiências de minha vida.

Começo pela questão do aprendizado prático, já que viajar sozinho para um país tão distante e ter de conviver com pessoas até então desconhecidas vinte e quatro horas, tendo de tomar importantes decisões em conjunto e oferecer e receber ajuda quando necessário, é profundamente enriquecedor. É de imaginar-se que os vínculos criados sejam dos mais fortes, e, assim esperamos, igualmente duradouros. Porém, o objetivo principal do curso era o aprendizado teórico, em especial uma vivência direta do sistema universitário alemão, algo que, naturalmente, também nos foi provido.

Unindo palestras e seminários pela manhã e aulas de língua à tarde voltadas ao vocabulário e à discussão do tema, pude me informar da melhor forma sobre o ensino superior local, de modo que esclareci minhas dúvidas a respeito e aprendi, por exemplo, que a seleção nas universidades alemãs é toda baseada no currículo e na nota da “Abitur” e também que medicina não é tão complicada quanto se acredita.

Já em relação à escolha profissional, confesso que ainda não fiz a decisão definitiva, mas só de conhecer os cursos por dentro e saber quais opções de qualificação e emprego cada um oferece, sinto-me mais esclarecido no assunto.

Enfim, são muitas as vantagens de participar das bolsas que oferece a iniciativa PASCH, mas certamente a maior delas é a de poder recordar todos os maravilhosos e inebriantes momentos que vivenciamos juntos na Alemanha."