
Laura Pontes Tsujioka
Colégio Mãe de Deus
Ficou em Frankfurt e cursou o Nível B1
“O sonho de fazer o JUKU nasceu durante as aulas de alemão anos atrás. E, desde então, esforço e perseverança foram totalmente necessários para a conquista desejada. Se valeu a pena? Muito! Após 4 tentativas, finalmente o resultado: um curso de alemão em Frankfurt am Main. Dizer que essa viagem foi a melhor de minha vida pode parecer clichê, mas com certeza não o é. Só vivenciando quão única e maravilhosa foi essa viagem, e o quanto ela mudou minha vida, ampliando meus valores pessoais.
No dia 8 de julho, a troca de conhecimento e cultura entre 34 brasileiros começou durante o voo de Guarulhos até Frankfurt. Eu e mais 5 brasileiros (que agora são como irmãos para mim) ficamos em Frankfurt, enquanto os outros seguiram viagem. Desde o início, fomos recebidos e orientados pelos Betreuers, os quais foram simpáticos, compreensivos e bem organizados durante todo o curso.
Ao chegar no Haus der Jungend, onde ficamos hospedados, a ansiedade de conhecer os outros estudantes e nossos colegas de quarto só aumentou. Durante 3 semanas, dividi o quarto com meninas da Ucrânia, Rússia e França.
Como dizia Mario Quintana, “viajar é trocar a roupa da alma”. Cheguei na Alemanha com uma alma equivocada, esperando que os nativos fossem rígidos e bravos, que o lugar fosse bonito, porém “sério” e casmurro demais. Durante as 3 semanas, minha alma, literalmente, “foi para a lavanderia” e voltou totalmente ressignificada - disciplinados sim, mas os alemães também são muito alegres, tranquilos, com extrema consciência de preservação ambiental e saudáveis. É inimaginável passar por lugares, antes destruídos pelas guerras e vê-los reconstruídos, em total harmonia arquitetônica com a modernidade.
Em todas as manhãs, tínhamos aulas, as quais eram recheadas de aprendizado e conhecimento. Fomos divididos de acordo com o nível de alemão, e tive a sorte de meus colegas de sala e professora serem maravilhosos! Aprendemos, de maneira dinâmica, vocabulário, regras gramaticais e a cultura alemã. Falamos muito em alemão, assistimos a filmes, fizemos apresentações, e visitamos a linda Goethe-Universität, por onde fizemos um tour e, assim, a vontade de um dia estudar ali só aumentou.
A música “Ein Hoch auf uns” fazia parte de nossas noites. Passeios a diversos museus, ao boliche, à Main Tower, à Goethe Haus, festas do “Schwarz und Weiß” e “Verrückter Kopf”, visitas às cidades vizinhas, Mainz e Marburg, as quais tinham paisagens e características surpreendentes, são algumas das muitas atividades que fizemos, todas acompanhadas de muita diversão, alegria, muito alemão e troca cultural.
Em 3 semanas, os 70 estudantes não eram apenas amigos, mas sim uma família. Um vínculo de amizade verdadeira, em que a nacionalidade, cor, religião e idioma não eram levados em consideração. Foi uma experiência enriquecedora, com grande troca cultural e quebra de muitos paradigmas sobre algumas culturas. Aprendi, também, muitas músicas e palavras de outros idiomas. Ao final, a minha visão e conhecimento sobre o mundo se ampliaram, muitos “mundos” habitavam em mim.
No último dia, em meio a muitas lágrimas, cada país foi indo embora, com a pretensão de que, em algum momento, iríamos nos reencontrar. E, hoje, cada vez que vejo algum fato relacionado à viagem ou converso com alguém com quem lá fiz amizade, a saudade aperta o coração e a vontade de revê-los e reviver cada momento cresce ainda mais.
Sou imensamente grata ao Goethe-Institut, à iniciativa PASCH e a todos que colaboraram para a concretização desse sonho. Após conhecer a Alemanha pessoalmente, visitar as universidades e conhecer as pessoas, quem sabe Quintana possa novamente vir ao encontro de meus novos sonhos: um dia irei voltar para esse grandioso país, fazer faculdade, uma pós-graduação ou até mesmo para trabalhar, e mais uma vez “trocar a roupa de minha alma”. Assim, deixo aqui o meu Vielen Dank und bis bald!"