Hallo ihr Alle!
Mein Name ist Leticia und ich bin eine PASCH-Alumnae aus Recife, Pernambuco. In diesem kurzen Bericht werde ich euch nun etwas von meiner Erfahrung mit meiner Tandempartnerin während des Schreibtandem Projekts berichten, insbesondere darüber wie sie mir wirklich geholfen hat. Am Anfang des Projekts war mein Schreiben ein großes Problem für mich. Wegen meiner Unsicherheit und Angst davor einen Fehler zu machen, konnte ich die Sätze nicht gut formulieren oder über sie nachdenken. Aus diesem Gefühl hatte ich nicht nur eine “Schreibblockade”, sondern auch keine Lust mehr meine Schrift zu verbessern. Dies änderte sich, als ich an dem Projekt teilnahm. Inga Hüttig, meine Tandempartnerin, war echt toll und sehr hilfsbereit! Jede Woche musste ich an sie einen Text schicken, den sie korrigierte und mir eine Rückmeldung zurückschickte. Mit jedem Fehler, den ich gemacht hatte, verstärkte sich mein Wille richtig zu schreiben. Die Tipps die Inga mir gegeben hat, waren total sinnvoll und hilfreich. Darüber kann ich sagen: Sie wird wirklich eine wunderbare Lehrerin sein! Abschließend bin ich dankbar an diesem Projekt teilgenommen haben zu können und freue mich sehr, dass ich heutzutage nicht mehr Angst vor dem Schreiben habe. Es war eine fantastische Gelegenheit!
Liebe Grüße,
Leticia Aragão
Eventos - 1
Stammtisch PASCH-Alumni
Você sabe o que é Stammtisch? A palavra significa algo como “mesa cativa” – traduzindo literalmente seria a mesa (Tisch) da tribo/do tronco (Stamm) – e designa uma mesa reservada para um grupo de pessoas que se reúne com alguma regularidade para sentar e conversar sobre algum assunto específico.
Com a pandemia veio também a saudade de sentarmos pra conversar um pouquinho, ainda mais em alemão! Para proporcionar o contato com a língua, e aproveitar a aproximação de todos pelo Zoom, a euipe PASCH ofereceu encontros semanais de outubro de 2020 até fevereiro de 2021 para os Alumni/ae da rede poderem praticar o alemão, e conhecerem outrs ex-alunos da rede PASCH de toda a América do sul.
Os encontros foram guiados pela alemã Laura Loose, que escolhia uma temática para o dia, como jogos, feminismo, política, meio ambiente e gírias, entre outros, e proporcionava atividades e tópicos de conversa para os alunos. Os encontros eram abertos e volutntários para todos os ex-alunos da região via Zoom.
Escolhemos duas participantes para falarem um pouquinho da experiência delas durante os encontros, Giulia Castro e Jennifer Batista. Abaixo você confere o que elas acharam da experiência!

Giulia Castro
O Stammtisch foi uma experiência única para mim. Falar com uma alemã nativa, mesmo estando com o alemão enferrujado, me mostrou que é, sim, possível a comunicação, e que eu sabia muito mais do que achava que sabia. Adorava quando tínhamos participantes que não eram brasileiros, pois aprendíamos muito sobre a cultura de diferentes países.
Amei a oportunidade de conversar sobre temas leves e cotidianos, aprender músicas, ditados populares e gírias da língua alemã, coisas que geralmente não são vistas em sala de aula. Esse tipo de atividade deixa o participante mais solto e muito mais aberto ao aprendizado, pois ele amplia seus conhecimentos sem sentir que está estudando.
Como meu alemão ainda não é muito rebuscado, tive dificuldade de discutir temas mais complexos como política, movimentos sociais e história, mas posso garantir que aprendi muito com os colegas, interagindo e explicando.
Incentivo que todo PASCH-Alumni deixe a timidez e o medo de lado para embarcar nessa atividade tão enriquecedora. Se o participante acha que não sabe falar nada, entrar no Stammtisch prova que ele consegue se comunicar e aumenta sua confiança na língua. E para quem já tem um nível mais avançado de alemão, é uma possibilidade de ampliar o vocabulário e interagir com um nativo.

Jennifer Batista
Os encontros do Stammtisch eram bem dinâmicos e interativos: cada encontro a Laura, alemã responsável por ministrar o Stammtisch, trazia temas super diferentes e muito interessantes pra debatermos em alemão. Além disso, pelo fato de ter muitos integrantes do restante da América do Sul, não tínhamos como escapar do alemão, então era uma ótima forma de praticar a língua oralmente.
Em cada encontro ela nos dividia em pequenos grupos para realizarmos algum tipo de atividade, por exemplo, pra conversarmos sobre meio ambiente e nossas experiências com a sustentabilidade. Isso nos proporcionou mais contato com outros PASCH-Alumni de fora do Brasil e conhecer um pouco a cultura deles também.
O Stammtisch tinha um formato diferente daquelas aulas mais formais de alemão, porque era muito mais interativo e não ficávamos só ouvindo a Laura, mas também conversando na maior parte do tempo.
Acredito que essa foi uma oportunidade muito legal pra podermos colocar em prática nosso vocabulário e língua oral alemã, levando em consideração que muitos de nós não temos contato com a língua diariamente.
Com a pandemia veio também a saudade de sentarmos pra conversar um pouquinho, ainda mais em alemão! Para proporcionar o contato com a língua, e aproveitar a aproximação de todos pelo Zoom, a euipe PASCH ofereceu encontros semanais de outubro de 2020 até fevereiro de 2021 para os Alumni/ae da rede poderem praticar o alemão, e conhecerem outrs ex-alunos da rede PASCH de toda a América do sul.
Os encontros foram guiados pela alemã Laura Loose, que escolhia uma temática para o dia, como jogos, feminismo, política, meio ambiente e gírias, entre outros, e proporcionava atividades e tópicos de conversa para os alunos. Os encontros eram abertos e volutntários para todos os ex-alunos da região via Zoom.
Escolhemos duas participantes para falarem um pouquinho da experiência delas durante os encontros, Giulia Castro e Jennifer Batista. Abaixo você confere o que elas acharam da experiência!
Giulia Castro
O Stammtisch foi uma experiência única para mim. Falar com uma alemã nativa, mesmo estando com o alemão enferrujado, me mostrou que é, sim, possível a comunicação, e que eu sabia muito mais do que achava que sabia. Adorava quando tínhamos participantes que não eram brasileiros, pois aprendíamos muito sobre a cultura de diferentes países.
Amei a oportunidade de conversar sobre temas leves e cotidianos, aprender músicas, ditados populares e gírias da língua alemã, coisas que geralmente não são vistas em sala de aula. Esse tipo de atividade deixa o participante mais solto e muito mais aberto ao aprendizado, pois ele amplia seus conhecimentos sem sentir que está estudando.
Como meu alemão ainda não é muito rebuscado, tive dificuldade de discutir temas mais complexos como política, movimentos sociais e história, mas posso garantir que aprendi muito com os colegas, interagindo e explicando.
Incentivo que todo PASCH-Alumni deixe a timidez e o medo de lado para embarcar nessa atividade tão enriquecedora. Se o participante acha que não sabe falar nada, entrar no Stammtisch prova que ele consegue se comunicar e aumenta sua confiança na língua. E para quem já tem um nível mais avançado de alemão, é uma possibilidade de ampliar o vocabulário e interagir com um nativo.
Jennifer Batista
Os encontros do Stammtisch eram bem dinâmicos e interativos: cada encontro a Laura, alemã responsável por ministrar o Stammtisch, trazia temas super diferentes e muito interessantes pra debatermos em alemão. Além disso, pelo fato de ter muitos integrantes do restante da América do Sul, não tínhamos como escapar do alemão, então era uma ótima forma de praticar a língua oralmente.
Em cada encontro ela nos dividia em pequenos grupos para realizarmos algum tipo de atividade, por exemplo, pra conversarmos sobre meio ambiente e nossas experiências com a sustentabilidade. Isso nos proporcionou mais contato com outros PASCH-Alumni de fora do Brasil e conhecer um pouco a cultura deles também.
O Stammtisch tinha um formato diferente daquelas aulas mais formais de alemão, porque era muito mais interativo e não ficávamos só ouvindo a Laura, mas também conversando na maior parte do tempo.
Acredito que essa foi uma oportunidade muito legal pra podermos colocar em prática nosso vocabulário e língua oral alemã, levando em consideração que muitos de nós não temos contato com a língua diariamente.
Entrevista: Ana Clara Neves e Mariana Quadrada - Seminário Lernvideos
Durante os meses de Novembro e Dezembro, estudantes brasileiros, juntamente com estudantes da Universidade de Göttingen, participaram do seminário “Lernvideos in internationalen Teams”, onde tiveram a possibilidade de produzir vídeo-aulas a respeito de diferentes temas. Tais vídeos foram desenvolvidos em alemão e tinham como público-alvo alunos brasileiros de escolas PASCH. Além disso, durante o seminário, os participantes puderam não só aprofundar seus conhecimentos em mídias digitais, como também trabalhar em grupos com pessoas de diversas partes do mundo. Entre os participantes estão Mariana Quadrada e Ana Clara Neves, estudantes de Letras (Português/Alemão) da Universidade de São Paulo. Fizemos uma entrevista com as duas e elas nos contaram um pouco sobre suas impressões em relação ao seminário e o que aprenderam.

Por que você optou por participar do Seminário “Lernvideos”?
Ana Clara: "Para ser bem honesta, quando recebi o convite não pensei duas vezes, não participar nem passou pela minha cabeça, e diria que isso se deve à riqueza da oportunidade de trabalhar com pessoas diferentes, de uma universidade na Alemanha que também estavam estudando DaF; de ter uma experiência como esta ainda na Graduação; e de usar o alemão em um contexto diferente e muito mais desafiador."
Mariana:"Achei que o seminário seria uma ótima oportunidade de me aprimorar na área do ensino de alemão, não apenas em relação a conteúdos linguísticos, mas também na minha formação com tecnologias e mídias digitais, que ao meu ver, falta na nossa formação básica como professores no Brasil atualmente."
Você já possuía experiência com edição de vídeos antes do seminário?
Ana Clara:"Não possuía experiência alguma com edição de vídeos antes do seminário. Tinha alguma noção do que a edição de um vídeo poderia exigir porque meu pai trabalha com Video Editing e Motion graphics, e porque, durante a pandemia, gravei podcasts e conteúdos musicais que fizeram parte de vídeos, o que me trouxeram alguma experiência sobre o assunto, mas não propriamente com a edição em si."
Mariana:"Muito pouca, só sabia fazer coisas muito simples, ou já tinha ouvido falar de como fazê-las. O seminário me ensinou muito, mas tenho a sensação de que ainda preciso praticar mais, e que me levaria muito tempo produzir todo o conteúdo sozinha."
Quais critérios você e seu grupo utilizaram para a escolha do tema do vídeo?
Ana Clara:"Achei que a escolha dos temas, de modo geral, foi um tanto aleatória no Seminário. Todos nós, tirando as pessoas que sugeriram o tema – como a Isabel que trabalhou com Zivilcourage e já tinha uma espécie de projeto pensado para isso; ou a Minye que queria trabalhar com o tema comida; ou o Rizky, com o tema Freizeit –, acabamos escolhendo as opções que surgiram por outros colegas. Como não tínhamos muito tempo, eu não tinha uma ideia para sugerir de qual tema eu gostaria de trabalhar, escolhi entre as opções dos colegas e me juntei com os que trabalhariam com Freizeit: Rizky e Xiyan."
Mariana:"Não foi muito difícil escolher um tema. Acho que todos nós concordamos que o vídeo seria uma oportunidade dos alunos terem algum tipo de conteúdo extra, algo que geralmente não teriam em sala de aula. Pensando em temas atuais que poderiam interessá-los, escolhemos sustentabilidade, especialmente por ser um assunto muito discutido na Alemanha e ter grande importância na formação e sensibilização dos jovens. Claro que por ser muito amplo, foi um pouco difícil delimitar a abordagem e produzir algo coerente, além de incluir mais explicitamente um conteúdo de língua, no nosso caso, verbos modais."
Como foi a experiência de trabalhar com pessoas de diferentes nacionalidades?
Ana Clara:"Eu gostei muito da experiência de trabalhar com pessoas de diferentes nacionalidades. Meu grupo era o único com pessoas para as quais o alemão não era língua materna, e isso foi muito interessante, porque todos procuramos por palavras, procuramos ser o mais claros e práticos possível, ou seja, estávamos na mesma, mas com bagagens, origens e conhecimentos diferentes."
Mariana:"Foi muito interessante! Na primeira rodada de apresentações, já decidimos fazer o grupo juntos. Pelo formato online, senti falta de ter mais contato com os outros participantes do seminário, e gostaria de ter tido mais tempo livre para conhecer os colegas. Acho que sinto falta daquela pausa pro cafézinho nesses eventos online. Parece que não dá pra conhecer muito as pessoas, fica “só” o conteúdo, e quem mais fala acaba sendo o professor, é muito menos interação. Talvez mesmo online, se tivéssemos mais tempo para o Seminário teria sido possível. É muito proveitoso ter contato com outras pessoas que querem dar aula de alemão, mas que têm uma formação e uma vivência com a língua muito diferente da nossa. São experiências muito complementares, com pessoas que estão em uma idade parecida e ainda na faculdade, como eu."
Acredita que o fato de os integrantes do grupo não possuírem a mesma língua materna tenha atrapalhado a comunicação em alguns momentos?
Ana Clara:"Não acho que atrapalhou, e sim trouxe desafios – acredito que para todos nós. No começo precisei de um tempo para entender o fluxo, as pessoas, a proposta em si, mas com o tempo as questões iam se resolvendo. Nesse começo, eu e minhas amigas brasileiras que também estavam no projeto, conversávamos para tirar as dúvidas e esclarecer o que não estava tão claro ainda. Minha rotina é muito diversa e cheia de coisas, e senti que nessas condições de comunicação você precisa ter (ou se dar) tempo para escrever e formular com calma o que quer dizer ao seu grupo e resolver as tarefas, porque esses momentos levam mais do que levariam na sua língua materna. Gostei muito do desafio, de aprender com o como os outros dizem, como eu vou e quero dizer algo, como posso e como quero dizer algo e os efeitos dessa comunicação."
Mariana: "Acho que pela maioria dos brasileiros já ter um nível alto de alemão, a língua não foi uma barreira muito grande. Mais complicado foi o fuso-horário e conciliar horários para nos encontrarmos em meio a outras ocupações e atividades."
O seminário procurou incluir nos encontros tanto discussões teóricas quanto atividades mais práticas. Você acredita que isso tenha sido importante para a elaboração dos vídeos?
Ana Clara:"Sem dúvida! O contato com o digital e o por trás dos conteúdos produzidos deixou de ser intuitivo e passou a ser mais consciente em relação a tudo que pode e deve ser levado em conta para a produção de um “Lernvideo”, como podemos avaliar outras produções e, para completar, como podemos implementá-lo em aula. Para esse último aspecto, preparar uma Unterrichtssequenz foi e ainda será essencial para o “fechamento do ciclo” – a aplicação dessa aula em março em uma escola PASCH."
Mariana: "A maior dificuldade do Seminário foi o tempo curto. Por isso, a produção do vídeo foi muito corrida, e etc. E também a parte teórica foi bem intensa, mas tenho certeza de que foi muito importante. Eu, particularmente, me interesso muito pela formação em mídias digitais de professores de alemão, então a parte teórica foi um complemento muito rico. Os aspectos teóricos foram muito positivos para produzirmos o vídeo com “mais propriedade”, com mais respaldo, de quais objetivos podemos ter, vantagens e desvantagens de usar esse tipo de mídia em aula e também como utilizá-la de maneira mais eficaz, como entendê-la como ferramenta para alcançar determinado objetivo de aprendizado."
Sua visão sobre o ensino e aprendizagem de uma língua estrangeira mudou após a participação no seminário? Por quê?
Ana Clara:"Que pergunta boa! Eu acho que para mim sim. Não sei se diria que mudou, mas com certeza me sensibilizou mais, principalmente no que diz respeito às possíveis dificuldades e facilidades de comunicação, formas de como trabalhar em grupos mistos (de nível, nacionalidades) e possíveis atividades."
Mariana:"Eu diria que mudou em partes, em relação a apresentar novas perspectivas. O trabalho com vídeos é muito frutífero, mas ao mesmo tempo exige bastante tempo e capacitação técnica só professor. Trabalhar com os alunos de Göttingen, futuros professores alemães, também me fez refletir bastante. Para ser professor, claro que o domínio da língua alvo é imprescindível, mas vejo que a experiência como aprendiz também é muito relevante para se identificar com os alunos, saber exatamente pelo que eles estão passando para entender como ajudá-los. Além disso, o olhar do estrangeiro para uma nova língua e a compreensão dela é muito diferente de um falante que a tenha como língua materna. Há sempre prós e contras em todas as situações, e o seminário me fez refletir a respeito desses aspectos."

Por que você optou por participar do Seminário “Lernvideos”?
Ana Clara: "Para ser bem honesta, quando recebi o convite não pensei duas vezes, não participar nem passou pela minha cabeça, e diria que isso se deve à riqueza da oportunidade de trabalhar com pessoas diferentes, de uma universidade na Alemanha que também estavam estudando DaF; de ter uma experiência como esta ainda na Graduação; e de usar o alemão em um contexto diferente e muito mais desafiador."
Mariana:"Achei que o seminário seria uma ótima oportunidade de me aprimorar na área do ensino de alemão, não apenas em relação a conteúdos linguísticos, mas também na minha formação com tecnologias e mídias digitais, que ao meu ver, falta na nossa formação básica como professores no Brasil atualmente."
Você já possuía experiência com edição de vídeos antes do seminário?
Ana Clara:"Não possuía experiência alguma com edição de vídeos antes do seminário. Tinha alguma noção do que a edição de um vídeo poderia exigir porque meu pai trabalha com Video Editing e Motion graphics, e porque, durante a pandemia, gravei podcasts e conteúdos musicais que fizeram parte de vídeos, o que me trouxeram alguma experiência sobre o assunto, mas não propriamente com a edição em si."
Mariana:"Muito pouca, só sabia fazer coisas muito simples, ou já tinha ouvido falar de como fazê-las. O seminário me ensinou muito, mas tenho a sensação de que ainda preciso praticar mais, e que me levaria muito tempo produzir todo o conteúdo sozinha."
Quais critérios você e seu grupo utilizaram para a escolha do tema do vídeo?
Ana Clara:"Achei que a escolha dos temas, de modo geral, foi um tanto aleatória no Seminário. Todos nós, tirando as pessoas que sugeriram o tema – como a Isabel que trabalhou com Zivilcourage e já tinha uma espécie de projeto pensado para isso; ou a Minye que queria trabalhar com o tema comida; ou o Rizky, com o tema Freizeit –, acabamos escolhendo as opções que surgiram por outros colegas. Como não tínhamos muito tempo, eu não tinha uma ideia para sugerir de qual tema eu gostaria de trabalhar, escolhi entre as opções dos colegas e me juntei com os que trabalhariam com Freizeit: Rizky e Xiyan."
Mariana:"Não foi muito difícil escolher um tema. Acho que todos nós concordamos que o vídeo seria uma oportunidade dos alunos terem algum tipo de conteúdo extra, algo que geralmente não teriam em sala de aula. Pensando em temas atuais que poderiam interessá-los, escolhemos sustentabilidade, especialmente por ser um assunto muito discutido na Alemanha e ter grande importância na formação e sensibilização dos jovens. Claro que por ser muito amplo, foi um pouco difícil delimitar a abordagem e produzir algo coerente, além de incluir mais explicitamente um conteúdo de língua, no nosso caso, verbos modais."
Como foi a experiência de trabalhar com pessoas de diferentes nacionalidades?
Ana Clara:"Eu gostei muito da experiência de trabalhar com pessoas de diferentes nacionalidades. Meu grupo era o único com pessoas para as quais o alemão não era língua materna, e isso foi muito interessante, porque todos procuramos por palavras, procuramos ser o mais claros e práticos possível, ou seja, estávamos na mesma, mas com bagagens, origens e conhecimentos diferentes."
Mariana:"Foi muito interessante! Na primeira rodada de apresentações, já decidimos fazer o grupo juntos. Pelo formato online, senti falta de ter mais contato com os outros participantes do seminário, e gostaria de ter tido mais tempo livre para conhecer os colegas. Acho que sinto falta daquela pausa pro cafézinho nesses eventos online. Parece que não dá pra conhecer muito as pessoas, fica “só” o conteúdo, e quem mais fala acaba sendo o professor, é muito menos interação. Talvez mesmo online, se tivéssemos mais tempo para o Seminário teria sido possível. É muito proveitoso ter contato com outras pessoas que querem dar aula de alemão, mas que têm uma formação e uma vivência com a língua muito diferente da nossa. São experiências muito complementares, com pessoas que estão em uma idade parecida e ainda na faculdade, como eu."
Acredita que o fato de os integrantes do grupo não possuírem a mesma língua materna tenha atrapalhado a comunicação em alguns momentos?
Ana Clara:"Não acho que atrapalhou, e sim trouxe desafios – acredito que para todos nós. No começo precisei de um tempo para entender o fluxo, as pessoas, a proposta em si, mas com o tempo as questões iam se resolvendo. Nesse começo, eu e minhas amigas brasileiras que também estavam no projeto, conversávamos para tirar as dúvidas e esclarecer o que não estava tão claro ainda. Minha rotina é muito diversa e cheia de coisas, e senti que nessas condições de comunicação você precisa ter (ou se dar) tempo para escrever e formular com calma o que quer dizer ao seu grupo e resolver as tarefas, porque esses momentos levam mais do que levariam na sua língua materna. Gostei muito do desafio, de aprender com o como os outros dizem, como eu vou e quero dizer algo, como posso e como quero dizer algo e os efeitos dessa comunicação."
Mariana: "Acho que pela maioria dos brasileiros já ter um nível alto de alemão, a língua não foi uma barreira muito grande. Mais complicado foi o fuso-horário e conciliar horários para nos encontrarmos em meio a outras ocupações e atividades."
O seminário procurou incluir nos encontros tanto discussões teóricas quanto atividades mais práticas. Você acredita que isso tenha sido importante para a elaboração dos vídeos?
Ana Clara:"Sem dúvida! O contato com o digital e o por trás dos conteúdos produzidos deixou de ser intuitivo e passou a ser mais consciente em relação a tudo que pode e deve ser levado em conta para a produção de um “Lernvideo”, como podemos avaliar outras produções e, para completar, como podemos implementá-lo em aula. Para esse último aspecto, preparar uma Unterrichtssequenz foi e ainda será essencial para o “fechamento do ciclo” – a aplicação dessa aula em março em uma escola PASCH."
Mariana: "A maior dificuldade do Seminário foi o tempo curto. Por isso, a produção do vídeo foi muito corrida, e etc. E também a parte teórica foi bem intensa, mas tenho certeza de que foi muito importante. Eu, particularmente, me interesso muito pela formação em mídias digitais de professores de alemão, então a parte teórica foi um complemento muito rico. Os aspectos teóricos foram muito positivos para produzirmos o vídeo com “mais propriedade”, com mais respaldo, de quais objetivos podemos ter, vantagens e desvantagens de usar esse tipo de mídia em aula e também como utilizá-la de maneira mais eficaz, como entendê-la como ferramenta para alcançar determinado objetivo de aprendizado."
Sua visão sobre o ensino e aprendizagem de uma língua estrangeira mudou após a participação no seminário? Por quê?
Ana Clara:"Que pergunta boa! Eu acho que para mim sim. Não sei se diria que mudou, mas com certeza me sensibilizou mais, principalmente no que diz respeito às possíveis dificuldades e facilidades de comunicação, formas de como trabalhar em grupos mistos (de nível, nacionalidades) e possíveis atividades."
Mariana:"Eu diria que mudou em partes, em relação a apresentar novas perspectivas. O trabalho com vídeos é muito frutífero, mas ao mesmo tempo exige bastante tempo e capacitação técnica só professor. Trabalhar com os alunos de Göttingen, futuros professores alemães, também me fez refletir bastante. Para ser professor, claro que o domínio da língua alvo é imprescindível, mas vejo que a experiência como aprendiz também é muito relevante para se identificar com os alunos, saber exatamente pelo que eles estão passando para entender como ajudá-los. Além disso, o olhar do estrangeiro para uma nova língua e a compreensão dela é muito diferente de um falante que a tenha como língua materna. Há sempre prós e contras em todas as situações, e o seminário me fez refletir a respeito desses aspectos."
Encontro de Diretoras e Diretores das Escolas Parceiras PASCH no Brasil

Em outubro, diretore/as e coordenadore/as das escolas PASCH parceiras do Goethe-Institut no Brasil se reuniram em São Paulo para o Encontro de Diretoras e Diretores das Escolas Parceiras PASCH no Brasil.
Os principais objetivos do Encontro foram a troca de experiência, apresentação de resultados e a elaboração de metas para o ensino de alemão nessas escolas para os próximos anos. Além disso, foram apresentados os projetos da Iniciativa PASCH para 2020, além de bolsas de estudo e possibilidades de estudo na Alemanha para alunos brasileiros.
Estes Encontros acontecem a cada dois anos e têm um efeito muito positivo no trabalho das escolas da Iniciativa PASCH, além de contribuírem para uma melhor comunicação entre as instituições. Para a diretora do CIL em Brasília, Renata Batista, encontros como estes são muito relevantes para o trabalho do gestor. “Agradeço ao PASCH pelo investimento nos gestores também. O pedagógico precisa sim de atenção, mas esse encontro possibilita que o gestor entenda melhor como funciona o sistema de educação na Alemanha e nos possibilita orientar melhor os professores e os alunos. Ademais, a equipe PASCH está sempre de parabéns - não só pela organização do Encontro, mas pelo acompanhamento feito durante todo o ano”, ela relata.
Além de diretores e diretoras, o Encontro contou também com a presença da Primeira Secretária para Assuntos Culturais e Imprensa da Embaixada da Alemanha, Sra. Damaris Jenne, a Secretária Executiva de Gestão da Rede Escolar da Educação Básica do Ceará, Sra. Jussara Luna, e as representantes da Secretaria de Educação do Distrito Federal Kelly Bueno, Subsecretária de gestão de pessoas, e Inara Bezerra, Assessora do gabinete para assuntos pedagógicos.
Agradecemos a todos os/todas as participantes!






Workshop de teatro com Alexander Riedmüller

O especialista em teatro interativo e musicologia, Alexander Riedmüller veio direto da Alemanha para ministrar workshops para os alunos PASCH!
A iniciativa PASCH o levou para suas escolas parceiras em Brasília, Florianópolis e São Paulo com o tema “spielend deutsch - Impro-Theater und Szenisches Spiel für Deutsch lernende Jugendliche” (“alemão brincando – teatro de improvisação e jogos teatrais para jovens que aprendem alemão”).
O objetivo do workshop foi utilizar o trabalho teatral no contexto do alemão como língua estrangeira a partir do desenvolvimento da linguagem pela música, ritmo e movimento.
“Com seu jeito simpático e acessível, Alexander conquistou os alunos assim que chegou, por isso não foi difícil fazer com que eles se engajassem e participassem ativamente das atividades propostas. Todas as sessões foram bastante produtivas e os alunos se divertiram muito. Essa foi mais uma experiência positiva que puderam ter por meio da parceira de nossa escola com o PASCH. “
Adriana Dominici, professora do Colégio Vértice, em São Paulo
Alexander se formou em rítmica e pedagogia musical nas universidades de Viena, Berlin e Buenos Aires e desenvolveu a rede “Rítmica Viena” em Buenos Aires. Além disso, faz parte do grupo de teatro de improvisação “artig” em Viena, que também realiza projetos com crianças e jovens em cooperação com o Goethe-Institut e escolas PASCH. Os espetáculos se distinguem do teatro de improvisação clássico e têm como foco a narrativa, complementada pelo uso de diversas mídias, como músicas e projeções ao vivo, por exemplo.


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