Nesta edição do concurso de relatos JUKU, tivemos uma contribuição muito especial! A aluna Maria Fernanda A. A., do Colégio de Aplicação da UFSC, editou um vídeo sobre as três semanas do grupo que fez o curso de alemão para jovens em Frankfurt em julho deste ano. Olha como ficou legal:
Parabéns, Maria Fernanda!
Cursos na Alemanha - 6
Concurso de relatos JUKU de Julho 2018 – Vencedor!
E o grande vencedor do nosso concurso de relatos JUKU Julho 2018 é Eduardo M. R., do Colégio Catarinense, em Florianópolis! Herzlichen Glückwunsch, Eduardo!
Eduardo M. R.
Colégio Catarinense, Florianópolis (SC), JUKU Köln

"As traduções entre línguas são uma tarefa complicada. Talvez seja por causa das particularidades e nuances de cada idioma. Quando comecei meus estudos de alemão, foram essas particularidades que me atraíram, a beleza pessoal de cada língua. Um ano após iniciar meus aprofundamentos na língua de Goethe, fui agraciado com a oportunidade de passar três semanas em seu país também. À vista disso, tentarei, nestas breves linhas, traduzir em palavras algo, decerto, mais difícil que um idioma: o que significou esta experiência para mim.
Creio que só fiquei em plena consciência do que se passava quando adentrei o avião. O misto de ansiedade e entusiasmo me tomaram por inteiro. Questionei-me como seria: será que aprenderei alemão? Como serão as pessoas lá? De onde serão os outros bolsistas?
Meu receio foi diminuindo aos poucos, à medida que me aproximava do destino. Lembrei então que me disseram uma vez que “uma língua estrangeira só se aprende indo pro front, no campo de batalha”. Decidi que iria a guerra, com minhas limitadas armas, determinado a ganhá-la.
Após onze longas horas, chegamos a Frankfurt. Todavia, nos faltava ainda uma conexão a Colônia, nosso destino e casa pelas próximas três semanas. Foi lá, no Aeroporto de Frankfurt, que veio nossa primeira “lição-prática”: nosso voo fora cancelado! E nós, nove brasileiros, sozinhos num dos maiores aeroportos da Europa.
Fomos postos à prova em nossas primeiras horas naquele país e, diga-se de passagem, nós saímos muito bem… negociamos um trem direto a Colônia. Chegamos, por fim, ao Albergue da Juventude, nossa casa por um tempo.
O primeiro fato que me chamou atenção em nosso local do curso foi a diversidade. Seria uma legítima Torre de Babel, não fosse o objetivo totalmente inverso: a união linguística. A língua de Goethe era nosso ponto congruente. Tantas histórias, religiões, costume contados em alemão. Aliás, com a quantidade de pessoas que conheci, acho um egoísmo muito grande chamá-la apenas de “língua de Goethe”, com todo respeito ao poeta, é claro. Estava mais para nós como uma língua franca, universal. Entre nós, não falávamos e aprendíamos alemão, vivíamos alemão.
Quanto ao acadêmico, além da oportunidade de conhecer a Universität zu Köln, tínhamos aulas diárias que muito contribuíram para o meu aprendizado. Minha professora, Sarah, tenho orgulho de dizer, ensinou muito além de outro idioma. Tive as clássicas aulas, mas creio que aprender com um falante nativo é diferente… ainda sim, a professora relacionava o conteúdo com o mundo, mostrando que o aprendido não era uma caixinha fechada. Por causa de Sarah falamos com refugiados, visitamos de forma exclusiva um bunker, fomos a uma das mais importantes mesquitas da Alemanha, experiências únicas. Sarah foi para mim uma professora da vida.
Sobre a cidade: seria um pecado não dedicar um parágrafo sequer a Colônia, ou Kölle para os íntimos. Criei uma relação única com ela. Era de beleza enorme sair da estação principal e estar bem a sua frente, lá, plantado, o gigantesco Kölner Dom, a catedral da cidade. Arrepiei-me repetidas vezes com essa mesma cena. A cidade cativou-me profundamente com seus monumentos, museus, entretenimento e, claro, seu jeito peculiar de falar alemão, o “kölsche” - dialeto próprio da região.
O JuKu deixou marcas muito fundas. Um gosto doce, uma sede de retornar. Sou eternamente grato a todos que possibilitaram esse fenômeno em minha vida. Obrigado a minha mãe, meu pai e minha família de forma geral. Obrigado à Elaine, por toda a fé depositada em mim e por tornar isso possível. E obrigado aos meus novos amigos e ao Goethe Institut, por tornar tudo possível.
Espero ter chegado perto de descrever as dimensões que esse mês remexeu em minha vida, apesar da dificuldade de “traduzir” esses sentimentos. Aliás, de todas as introduções que vivi, aprendi que a mais complexa de todas elas se chama “saudade”."


Eduardo M. R.
Colégio Catarinense, Florianópolis (SC), JUKU Köln

"As traduções entre línguas são uma tarefa complicada. Talvez seja por causa das particularidades e nuances de cada idioma. Quando comecei meus estudos de alemão, foram essas particularidades que me atraíram, a beleza pessoal de cada língua. Um ano após iniciar meus aprofundamentos na língua de Goethe, fui agraciado com a oportunidade de passar três semanas em seu país também. À vista disso, tentarei, nestas breves linhas, traduzir em palavras algo, decerto, mais difícil que um idioma: o que significou esta experiência para mim.
Creio que só fiquei em plena consciência do que se passava quando adentrei o avião. O misto de ansiedade e entusiasmo me tomaram por inteiro. Questionei-me como seria: será que aprenderei alemão? Como serão as pessoas lá? De onde serão os outros bolsistas?
Meu receio foi diminuindo aos poucos, à medida que me aproximava do destino. Lembrei então que me disseram uma vez que “uma língua estrangeira só se aprende indo pro front, no campo de batalha”. Decidi que iria a guerra, com minhas limitadas armas, determinado a ganhá-la.
Após onze longas horas, chegamos a Frankfurt. Todavia, nos faltava ainda uma conexão a Colônia, nosso destino e casa pelas próximas três semanas. Foi lá, no Aeroporto de Frankfurt, que veio nossa primeira “lição-prática”: nosso voo fora cancelado! E nós, nove brasileiros, sozinhos num dos maiores aeroportos da Europa.
Fomos postos à prova em nossas primeiras horas naquele país e, diga-se de passagem, nós saímos muito bem… negociamos um trem direto a Colônia. Chegamos, por fim, ao Albergue da Juventude, nossa casa por um tempo.
O primeiro fato que me chamou atenção em nosso local do curso foi a diversidade. Seria uma legítima Torre de Babel, não fosse o objetivo totalmente inverso: a união linguística. A língua de Goethe era nosso ponto congruente. Tantas histórias, religiões, costume contados em alemão. Aliás, com a quantidade de pessoas que conheci, acho um egoísmo muito grande chamá-la apenas de “língua de Goethe”, com todo respeito ao poeta, é claro. Estava mais para nós como uma língua franca, universal. Entre nós, não falávamos e aprendíamos alemão, vivíamos alemão.
Quanto ao acadêmico, além da oportunidade de conhecer a Universität zu Köln, tínhamos aulas diárias que muito contribuíram para o meu aprendizado. Minha professora, Sarah, tenho orgulho de dizer, ensinou muito além de outro idioma. Tive as clássicas aulas, mas creio que aprender com um falante nativo é diferente… ainda sim, a professora relacionava o conteúdo com o mundo, mostrando que o aprendido não era uma caixinha fechada. Por causa de Sarah falamos com refugiados, visitamos de forma exclusiva um bunker, fomos a uma das mais importantes mesquitas da Alemanha, experiências únicas. Sarah foi para mim uma professora da vida.
Sobre a cidade: seria um pecado não dedicar um parágrafo sequer a Colônia, ou Kölle para os íntimos. Criei uma relação única com ela. Era de beleza enorme sair da estação principal e estar bem a sua frente, lá, plantado, o gigantesco Kölner Dom, a catedral da cidade. Arrepiei-me repetidas vezes com essa mesma cena. A cidade cativou-me profundamente com seus monumentos, museus, entretenimento e, claro, seu jeito peculiar de falar alemão, o “kölsche” - dialeto próprio da região.
O JuKu deixou marcas muito fundas. Um gosto doce, uma sede de retornar. Sou eternamente grato a todos que possibilitaram esse fenômeno em minha vida. Obrigado a minha mãe, meu pai e minha família de forma geral. Obrigado à Elaine, por toda a fé depositada em mim e por tornar isso possível. E obrigado aos meus novos amigos e ao Goethe Institut, por tornar tudo possível.
Espero ter chegado perto de descrever as dimensões que esse mês remexeu em minha vida, apesar da dificuldade de “traduzir” esses sentimentos. Aliás, de todas as introduções que vivi, aprendi que a mais complexa de todas elas se chama “saudade”."



Quando a vida muda de rumo – e vai na direção de um sonho
Adriano Trarbach, durante o ensaio geral no dia do concerto no Groβer Saal da Elbphilharmonie de Hamburgo
Em janeiro deste ano, o aluno Adriano Trarbach, do Colégio Martinus, em Curitiba, embarcou junto com outros 4 alunos PASCH como bolsista do programa Blickwechsel, para um intercâmbio de um ano na Alemanha.
A princípio ele foi para ficar um ano na Alemanha, morando com uma família hospedeira, frequentando uma escola alemã para, assim, aprimorar seus conhecimentos sobre a língua e a cultura alemãs. Como ele mesmo disse, porém, “muitas vezes, as coisas tomam rumos inesperados”.
Adriano toca flauta doce e violoncelo. Seu primeiro contato com a música, em 2011, foi através do Projeto Dorcas, nas aulas de flauta doce e canto coral. Este projeto, localizado em uma das regiões mais precárias de Almirante Tamandaré (PR), oferece programas sociais, culturais e esportivos para os moradores da região.
Em 2014, Adriano iniciou o curso de violoncelo, ano em que também começou a estudar alemão como bolsista do Colégio Martinus, em Curitiba. “Desde 2014, ano em que eu comecei a estudar a língua alemã, sempre tive o desejo de viajar à Alemanha, tanto é que pretendo também estudar música em uma universidade por aqui”, ele contou em abril para o nosso blog.
Antes mesmo de embarcar para a Alemanha, sua Gastmutter (mãe hospedeira), descobriu uma orquestra da qual ele poderia participar: a Publikumsorchester da Elbphilharmonie de Hamburgo. Quando Adriano foi para lá, fez a audição e foi aceito como violoncelista desta orquestra, ele abraçou a oportunidade com toda a garra. Tanto foi que, em maio, teve a oportunidade de tocar o seu instrumento principal, a flauta doce, para uma professora da universidade de música de Hamburgo (Hochschule für Musik und Theater Hamburg). Ela gostou tanto que ligou para o seu colega, professor do curso de bacharelado em Flauta Doce, pedindo que encontrasse Adriano. O aluno preparou algumas músicas e se apresentou para ele. O professor gostou tanto das peças escolhidas e de sua execução, que o convidou para ser seu aluno particular – mesmo ele não dando aulas fora da universidade. Assim, desde o começo de junho, Adriano tem aulas semanais com o professor direto na universidade.
Além disso, no final de junho, Adriano prestou uma prova para o curso preparatório para a prova de ingresso no curso superior de música na universidade. No mesmo dia em que ele prestou, já ficou sabendo que tinha passado com sucesso e com uma bolsa integral! Sua vida mudou de rumo completamente. Se no começo do ano seus planos eram ir para a Alemanha, frequentar o segundo ano do ensino médio, voltar para o Brasil e aqui concluir o terceiro ano, a partir de agora, ele continua em Hamburgo com foco no seu maior sonho: estudar música na Alemanha. Nos próximos meses ele participará do curso preparatório e no ano que vem, buscará o ingresso na universidade.
Não foi uma escolha fácil e seus desafios são diários. O vilarejo em que mora fica, por exemplo, a uma hora e meia de Hamburg – uma pequena viagem que ele tem que fazer todo dia. Fora a língua, o choque cultural e, claro, o clima (Adriano viu e sentiu neve pela primeira vez este ano). Mas nada disso o desanima. Pelo contrário, ele se sente grato por tudo o que se passou: “Sem o estudo da língua alemã e a bolsa do Goethe-Institut por meio da Iniciativa PASCH, não sei como eu teria chegado na Alemanha. Aproveitar as oportunidades que são nos dadas é extremamente importante, pois elas podem mudar o rumo da nossa história. Por isso sou muito grato a todos aqueles que têm me ajudado”. E conclui com ainda mais otimismo: “A vida é feita de escolhas. Basta que façamos as certas e tudo se encaminhará, até mesmo de uma maneira que nem imaginamos”.
Parabéns Adriano! Nós estamos aqui torcendo por você!
Como foram as férias dos bolsistas Blickwechsel?
A Aline I. S. (Escola Barão do Rio Branco, Blumenau), o Pedro C. Z. (Colégio Catarinense, Florianópolis), o Yamí R. S. (CIL 1, Brasília) e o Adriano S. T. (Colégio Martinus, Curitiba), já estão desde janeiro na Alemanha. Como será que eles estão? Como passaram suas férias?
Yamí R. S.
Centro Interescolar de Línguas 1, Brasília
Hoje, 19 de agosto, já se completam sete meses que estou na Alemanha. Me sinto seguro para o que der e vier. Sinto uma grande bagagem de experiência e conhecimento adquiridos nesse tempo, porém sempre fico na expectativa de conhecer, aprender cada vez mais e, claro, ainda tenho muito o que aprender.
Antes, eu estava morando na Baviera com outra família, mas agora eu moro em Niedersachsen (Baixa Saxônia) há três semanas.
Esta mudança já estava programada antes da minha viagem à Alemanha. Eu gostei da Baviera e agora também estou gostando muito daqui. Notar a diferença entre os dois locais é bem interessante. Sentir a cultura é algo espetacular, como o dialeto, a arquitetura... Minha família e eu fomos visitar a cidade de Leer, próximo de onde moramos. O que mais gostei foi a beleza da cidade, a arquitetura, o comércio. Foi um passeio bem agradável.
Pedro C. Z.
Colégio Catarinense, Florianópolis
Nessas férias aqui na Alemanha eu consegui aprender muito e principalmente consegui viajar bastante com a família. O calor que fez aqui me impressionou bastante, pois eu pensava que aqui não poderia ser tão quente. Suei bastante, mas talvez pelo fato de que aqui na Alemanha é difícil de se achar um ar condicionado. Enfim, por causa disso pude aproveitar e conhecer melhor as praias daqui, já que minha família decidiu viajar. O clima estava quente, mas a água do norte da Alemanha continuava bem gelada – o que era até bom pois refrescava. As viagens foram todas muito boas e consegui conhecer vários lugares diferentes.
Primeiro viajei para o sul e conheci um pouco de Munique. Fui em alguns pontos turísticos e passeei pelo Englischer Garten, um parque bem grande e bonito que fica na cidade. Não ficamos muito tempo lá e já fomos para uma casa que uma prima da minha Gastmutter (mãe hospedeira) tem nas montanhas, perto do Chiemsee (um lago bem conhecido na Alemanha que fica perto da Áustria). Foi a melhor parte da viagem para mim. Estava ainda mais quente, mas nós tomávamos banho no lago todo dia e às vezes até de noite.
Depois foi a vez de eu viajar pra Zingst, uma praia aqui no norte mais ou menos perto da Polônia. Foi uma bela viagem em família, já que a família da minha Gastmutter (mãe hospedeira) estava toda presente. Nessa viagem para Zingst, minha família falou que eu pude conhecer o clima típico do norte alemão: muito vento e sol e chuva se alternando por todo o dia. Acho que talvez essas férias tenham sido o período que eu mais aprendi alemão, já que passei muito tempo com a família treinando – o que foi muito bom.
Aline I. S.
Escola Barão do Rio Branco, Blumenau
Logo após o último relato começaram as férias. Tivemos o encerramento do ano letivo para então termos 6 semanas de Sommerferien (férias de verão). No último dia de aula a minha escola, por ser católica, tem o costume de fazer um culto de agradecimento pelo ano letivo. Nesse dia, todos se encontram em uma igreja e, após a celebração, se encaminham para a escola a fim de receber o boletim escolar. Apesar de também ter escrito algumas provas, acabei por não receber um boletim, o que acabou me deixando meio frustrada, pois estava curiosa para ver qual seria o meu rendimento.
Após o fim da entrega de boletins estávamos livres, e, pelo motivo de algumas lojas de eletrônicos da cidade fazerem promoção para quem tira notas boas, fui com minhas amigas da escola às compras. Naquele dia elas compraram filmes, fones de ouvidos, baterias portáteis e entre outros. Ao fim das compras nos encaminhamos para um piquenique, mas antes passamos em um supermercado para comprar salgadinhos e muitas guloseimas.
Na semana seguinte as aventuras começaram. Fui com meu Gastvater e Gastschwester (pai e irmã hospedeiros) ajudar em um acampamento cristão para crianças. Dois dias após o acampamento fui a Hamburg visitar o Adriano, outro intercambista brasileiro. Logo depois já fui a Taizé, uma comunidade ecumênica na França, novamente com minha Gastschwester. Na quinta semana (a penúltima de férias) o plano era uma Fahrradurlaub (viajar de bicicleta) com a minha Gastfamilie.
Acabamos por ter alguns problemas de doenças no período da Fahrradurlaub, e por isso acabamos por não fazer todo o roteiro planejado e passamos alguns dias no camping, o qual foi bem aproveitado, pois ao lado havia um Freibad (um parque aquático) e passamos bastante tempo lá com as meninas pequenas.
Dentre os Tours de bike que acabaram por dar certo estão novamente minha amada Moritzburg. Dessa tivemos um passeio guiado por dentro do castelo, e o mais especial é que era planejado para crianças, com roupas de príncipes e princesas (eu, por ser pequena, tive a oportunidade de me vestir também). Nos outros dias fomos de bike até Pirna e no outro até a Sächsische-Schweiz (parte da saxônia que possui relevo parecido com o da Suíça).
A última semana de férias estava desde o começo reservada para preparativos do Schulanfang da minha pequena Gastschwester. Aqui na Alemanha quando uma criança sai do Kindergarten (creche) e começa a ir para a escola é feita uma grande festa. A criança ganha um Zuckertüte (pacote de doces) que pode ser comprado e depois preenchido ou que os próprios pais pintam e enfeitam para depois preencher com os doces e presentes. Aqui fizemos a segunda opção.
Logo depois já começaram as aulas e o sofrimento de levantar às 5 horas também está de volta. Espero me acostumar novamente com a rotina escolar, e conseguir participar melhor das aulas agora que já consigo me virar melhor com o idioma alemão. Aguardo também ansiosamente pelas próximas férias que, infelizmente, serão só em outubro.
O Adriano S. T. passou por uma grande experiência que será contada em um próximo post!
Yamí R. S.
Centro Interescolar de Línguas 1, Brasília
Hoje, 19 de agosto, já se completam sete meses que estou na Alemanha. Me sinto seguro para o que der e vier. Sinto uma grande bagagem de experiência e conhecimento adquiridos nesse tempo, porém sempre fico na expectativa de conhecer, aprender cada vez mais e, claro, ainda tenho muito o que aprender.
Antes, eu estava morando na Baviera com outra família, mas agora eu moro em Niedersachsen (Baixa Saxônia) há três semanas.
Esta mudança já estava programada antes da minha viagem à Alemanha. Eu gostei da Baviera e agora também estou gostando muito daqui. Notar a diferença entre os dois locais é bem interessante. Sentir a cultura é algo espetacular, como o dialeto, a arquitetura... Minha família e eu fomos visitar a cidade de Leer, próximo de onde moramos. O que mais gostei foi a beleza da cidade, a arquitetura, o comércio. Foi um passeio bem agradável.
Pedro C. Z.
Colégio Catarinense, Florianópolis
Nessas férias aqui na Alemanha eu consegui aprender muito e principalmente consegui viajar bastante com a família. O calor que fez aqui me impressionou bastante, pois eu pensava que aqui não poderia ser tão quente. Suei bastante, mas talvez pelo fato de que aqui na Alemanha é difícil de se achar um ar condicionado. Enfim, por causa disso pude aproveitar e conhecer melhor as praias daqui, já que minha família decidiu viajar. O clima estava quente, mas a água do norte da Alemanha continuava bem gelada – o que era até bom pois refrescava. As viagens foram todas muito boas e consegui conhecer vários lugares diferentes.
Primeiro viajei para o sul e conheci um pouco de Munique. Fui em alguns pontos turísticos e passeei pelo Englischer Garten, um parque bem grande e bonito que fica na cidade. Não ficamos muito tempo lá e já fomos para uma casa que uma prima da minha Gastmutter (mãe hospedeira) tem nas montanhas, perto do Chiemsee (um lago bem conhecido na Alemanha que fica perto da Áustria). Foi a melhor parte da viagem para mim. Estava ainda mais quente, mas nós tomávamos banho no lago todo dia e às vezes até de noite.
Depois foi a vez de eu viajar pra Zingst, uma praia aqui no norte mais ou menos perto da Polônia. Foi uma bela viagem em família, já que a família da minha Gastmutter (mãe hospedeira) estava toda presente. Nessa viagem para Zingst, minha família falou que eu pude conhecer o clima típico do norte alemão: muito vento e sol e chuva se alternando por todo o dia. Acho que talvez essas férias tenham sido o período que eu mais aprendi alemão, já que passei muito tempo com a família treinando – o que foi muito bom.
Minha Gastfamilie (família hospedeira) e eu em frente ao estádio do FC Bayern, na nossa viagem para Munique
Aline I. S.
Escola Barão do Rio Branco, Blumenau
Logo após o último relato começaram as férias. Tivemos o encerramento do ano letivo para então termos 6 semanas de Sommerferien (férias de verão). No último dia de aula a minha escola, por ser católica, tem o costume de fazer um culto de agradecimento pelo ano letivo. Nesse dia, todos se encontram em uma igreja e, após a celebração, se encaminham para a escola a fim de receber o boletim escolar. Apesar de também ter escrito algumas provas, acabei por não receber um boletim, o que acabou me deixando meio frustrada, pois estava curiosa para ver qual seria o meu rendimento.
Após o fim da entrega de boletins estávamos livres, e, pelo motivo de algumas lojas de eletrônicos da cidade fazerem promoção para quem tira notas boas, fui com minhas amigas da escola às compras. Naquele dia elas compraram filmes, fones de ouvidos, baterias portáteis e entre outros. Ao fim das compras nos encaminhamos para um piquenique, mas antes passamos em um supermercado para comprar salgadinhos e muitas guloseimas.
Na semana seguinte as aventuras começaram. Fui com meu Gastvater e Gastschwester (pai e irmã hospedeiros) ajudar em um acampamento cristão para crianças. Dois dias após o acampamento fui a Hamburg visitar o Adriano, outro intercambista brasileiro. Logo depois já fui a Taizé, uma comunidade ecumênica na França, novamente com minha Gastschwester. Na quinta semana (a penúltima de férias) o plano era uma Fahrradurlaub (viajar de bicicleta) com a minha Gastfamilie.
Acabamos por ter alguns problemas de doenças no período da Fahrradurlaub, e por isso acabamos por não fazer todo o roteiro planejado e passamos alguns dias no camping, o qual foi bem aproveitado, pois ao lado havia um Freibad (um parque aquático) e passamos bastante tempo lá com as meninas pequenas.
Dentre os Tours de bike que acabaram por dar certo estão novamente minha amada Moritzburg. Dessa tivemos um passeio guiado por dentro do castelo, e o mais especial é que era planejado para crianças, com roupas de príncipes e princesas (eu, por ser pequena, tive a oportunidade de me vestir também). Nos outros dias fomos de bike até Pirna e no outro até a Sächsische-Schweiz (parte da saxônia que possui relevo parecido com o da Suíça).
A última semana de férias estava desde o começo reservada para preparativos do Schulanfang da minha pequena Gastschwester. Aqui na Alemanha quando uma criança sai do Kindergarten (creche) e começa a ir para a escola é feita uma grande festa. A criança ganha um Zuckertüte (pacote de doces) que pode ser comprado e depois preenchido ou que os próprios pais pintam e enfeitam para depois preencher com os doces e presentes. Aqui fizemos a segunda opção.
Logo depois já começaram as aulas e o sofrimento de levantar às 5 horas também está de volta. Espero me acostumar novamente com a rotina escolar, e conseguir participar melhor das aulas agora que já consigo me virar melhor com o idioma alemão. Aguardo também ansiosamente pelas próximas férias que, infelizmente, serão só em outubro.
O Adriano S. T. passou por uma grande experiência que será contada em um próximo post!
Olimpíada Internacional de Alemão 2018

Entre os dias 15 e 27 de julho, 140 jovens de 73 países participaram, em Freiburg, da Olimpíada Internacional de Alemão (IDO). Organizada pelo Goethe-Institut e pela Associação Internacional de Professoras e Professores de Alemão (IDV), a IDO é a maior competição de alemão do mundo.
A cada dois anos, jovens de todos os continentes se encontram por duas semanas para testar seus conhecimentos de alemão, além de desenvolver habilidades interculturais, espírito de equipe e criatividade.
Os 140 participantes foram os finalistas das Olimpíadas de Alemão nos respectivos países. Todos os alunos foram acompanhados por professores de seus países, que também participaram de uma formação sobre modelos atuais de ensino de alemão como língua estrangeira. A professora de alemão da escola E.E.E.P. Paulo VI, em Fortaleza, Michele Bruna de Sousa Silva Gal, acompanhou os dois alunos que representaram o Brasil: Lucas M. P., do Colégio Mauá, em Santa Cruz do Sul, e Mateus F. G., do Colégio Santo Antônio, em Belo Horizonte, escola parceira do Goethe-Institut na Iniciativa PASCH no Brasil.
“Por mais que tenha sido uma competição, o que mais prevaleceu foi o sentimento de amizade e união que a língua alemã pôde proporcionar. Posso dizer com certeza que fiz muitos amigos, descobri novas culturas e melhorei bastante o meu alemão, é claro”, conta Mateus.
As atividades eram muitas e o campeonato foi dividido em três partes: na primeira, os alunos deveriam trabalhar sozinhos e fazer entrevistas pela cidade. Na segunda, em grupo, deveriam se posicionar sobre questões atuais e, na última etapa, escrever histórias ilustradas.
Os destaques da IDO deste ano foram, sem dúvida, a abertura no dia 16/07, que contou com o prefeito da cidade de Freiburg, Martin Horn, as visitas a escolas locais e encontros com alunas e alunos de Freiburg, a festa das nações com danças, músicas e comidas típicas dos 73 países e o show da banda ok.danke.tschüss no Goethe-Institut Freiburg.
Na festa encerramento, no dia 27/07, o Secretário Geral do Goethe-Institut, Johannes Ebert, reforçou a importância da Olímpiada Internacional de Alemão como símbolo de diplomacia cultural através de um elemento em comum: a língua alemã.
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