Para Julia Charles da Rocha, de Brasília, querer ser professora não era tão óbvio. Sua paixão pela língua foi crescendo, mas só no momento do vestibular é que teve realmente certeza.
Leia sua história dentro da nossa série “PASCH-Alumni DL– ein Porträt von”, onde apresentamos relatos de PASCH-Alumni que estão estudando para serem professores de alemão.
Julia Charles da Rocha
PASCH-Alumna do CIL 1, Brasília
“Eu iniciei meus estudos da língua alemã no segundo semestre de 2017. Na época estava no 1° ano do E.M e fiquei sabendo da iniciativa PASCH no CIL 1 de Brasília porque dois jovens foram anunciar no meu colégio sobre as datas de inscrições. Eu e a minha amiga decidimos começar juntas, pois vimos ali uma grande oportunidade.
Aprender línguas sempre me encantou, conhecer uma cultura nova e um país totalmente diferente é gratificante. Meu interesse no alemão aconteceu no colégio, quando tive a oportunidade de entender mais a história da Alemanha. Minha curiosidade se aguçou ao entrar em contato com a matéria que veio a ser a minha favorita: a filosofia. Uma vez escutei de um professor que só se filosofa em alemão. E aconteceu que todos os meus filósofos favoritos eram alemães! Quando iniciei os estudos em 2017, me apaixonei pela língua. A vontade de conhecer mais me motivou e ter tido excelentes professores, sempre dispostos a me ajudar, com certeza também.
Participei de alguns workshops, palestras, rodas de conversa e projetos enquanto fazia parte do PASCH. Um dos que mais gostei foi o Deutschspiele, organizado pelos Alumni de Brasília, uma gincana entre os alunos do CIL. Foi muito divertido e pude conhecer um pouco melhor a iniciativa PASCH pelos Alumni, além de trocar conhecimento. Nas palestras, vieram pessoas da Alemanha para contar um pouco da sua própria história, o que também me motivou a continuar os estudos.
Quando estava no meu terceiro ano do Ensino Médio, descobri que um dos meus professores de alemão iria se afastar do serviço por questões pessoais. Sua ausência me fez perceber a raridade e a importância que tem um professor de alemão, pois é uma profissão onde o número de profissionais é muito pouco. É uma língua muito rica e precisa ser ensinada, lida e escutada. Até o início desse ano pensei que seguiria por outro campo profissional. Por algumas questões não pude seguir a área que achei que queria e outra viria ao meu encontro logo em seguida.
Assim que recebi meu resultado do Enem, me vi diante de uma escolha muito difícil. Eu pensei muito nas coisas que eu queria, nos meus sonhos e que estava na hora de encarar o meu futuro. E depois de tanto pensar, vi uma oportunidade de poder ensinar alemão. E é exatamente por isso que hoje me encontro em Pelotas estudando Letras Português e Alemão, licenciatura. Há muitas coisas que eu pretendo fazer envolvendo o alemão, esse idioma que me cativa. Quero cativar outras pessoas, como futura professora. Espero que mais pessoas tenham acesso ao idioma, à cultura, à música, à literatura, ao teatro (que também me encanta muito), e a própria filosofia.
Como qualquer pessoa tenho sonhos e, daqui a 10 anos, me vejo indo para a Alemanha, fazendo palestras, aulas, talvez cantando, ensinando algo. Me vejo também fazendo uma pós ou talvez doutorado na filosofia alemã.
Para os futuros alunos, um recado: Nietzsche escreveu em uma de suas máximas que a formula da felicidade é resumida em um sim, um não, uma linha reta, uma meta. Vale a pena estudar, e com toda certeza vale a pena conhecer a aprender o alemão. Pode parecer muito difícil a princípio. De fato é. Mas depois vai ficando menos complicado. Tudo no início requer atenção em dobro e dedicação. Persista e você vai alcançar. Lute pelos seus sonhos. Bis bald!”
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